Esse é um tema que me fascina desde sempre: o perdão. Seu artigo, muito bem escrito por sinal, me lembrou quando o criador da cura das atitudes, Jerry Jampolsky, foi ao programa da Oprah e soltou a seguinte definição de perdão: "Perdoar é desistir da esperança que o passado poderia ter sido diferente do que foi". A Oprah ficou tão impactada por essa definição que a chamou de "momento Aha" (tipo um Eureka). Grato pelo artigo!
Eu sei. E falo disto. Não podemos dar, atender a um desejo de perdão. Nem podemos pedir a nós esse perdão. Tudo de se resolve ou não antes do ato de vontade.
Obrigado pela oportunidade de trocarmos ideias! Quando tiver oportunidade, tenho diversos ensaios sobre não dualidade e consciência por aqui . Apareça. Uma ótima semana!
Concordo em parte, especialmente no que diz respeito que atos de vontade são meramente execuções de algo já decidido, como a neurociência aponta em estudos recentes, e a sensação de decidir algo é apenas uma justificativa para uma escolha já feita milissegundos antes, baseada em nossas crenças, valores e visão de mundo.
Mas ainda assim, no texto aponto para a noção de que o gesto é lúcido pois é voltado para o entendimento da nossa real natureza não dual, aqui o trecho:
“O perdão não se decide. Ele acontece quando a energia que alimentava a ofensa se esgota, quando o olhar se desloca e o enredo do “filme” perde relevância. Perdoar é simplesmente retirar a atenção da ofensa e deixá-la retornar ao silêncio de onde veio. A lembrança pode continuar existindo, mas deixa de moldar o presente. No instante em que deixamos de sustentar a história que já cumpriu seu papel, nasce o alívio. Não de um ato generoso per se.”
E aqui:
“Quando já não há dois lados, o conflito desaparece. O que parecia uma luta entre personagens se revela como movimento de uma única Consciência, expressando-se de modos diferentes, com intensidades diferentes, mas sempre dentro do mesmo campo.”
Esse é um tema que me fascina desde sempre: o perdão. Seu artigo, muito bem escrito por sinal, me lembrou quando o criador da cura das atitudes, Jerry Jampolsky, foi ao programa da Oprah e soltou a seguinte definição de perdão: "Perdoar é desistir da esperança que o passado poderia ter sido diferente do que foi". A Oprah ficou tão impactada por essa definição que a chamou de "momento Aha" (tipo um Eureka). Grato pelo artigo!
Exatamente Luiz! Adorei também. Obrigado por comentar e ótimo fim de semana!
Eu sei. E falo disto. Não podemos dar, atender a um desejo de perdão. Nem podemos pedir a nós esse perdão. Tudo de se resolve ou não antes do ato de vontade.
Assim penso.
Pensamos o mesmo. Diferimos no tom.
Obrigado pela oportunidade de trocarmos ideias! Quando tiver oportunidade, tenho diversos ensaios sobre não dualidade e consciência por aqui . Apareça. Uma ótima semana!
Concordo em parte, especialmente no que diz respeito que atos de vontade são meramente execuções de algo já decidido, como a neurociência aponta em estudos recentes, e a sensação de decidir algo é apenas uma justificativa para uma escolha já feita milissegundos antes, baseada em nossas crenças, valores e visão de mundo.
Mas ainda assim, no texto aponto para a noção de que o gesto é lúcido pois é voltado para o entendimento da nossa real natureza não dual, aqui o trecho:
“O perdão não se decide. Ele acontece quando a energia que alimentava a ofensa se esgota, quando o olhar se desloca e o enredo do “filme” perde relevância. Perdoar é simplesmente retirar a atenção da ofensa e deixá-la retornar ao silêncio de onde veio. A lembrança pode continuar existindo, mas deixa de moldar o presente. No instante em que deixamos de sustentar a história que já cumpriu seu papel, nasce o alívio. Não de um ato generoso per se.”
E aqui:
“Quando já não há dois lados, o conflito desaparece. O que parecia uma luta entre personagens se revela como movimento de uma única Consciência, expressando-se de modos diferentes, com intensidades diferentes, mas sempre dentro do mesmo campo.”
Sempre achei o pedido de perdão a coisa mais inútil.
Porque não é endereçado ao ofensor.
Surge e se resolve no ofendido,
involuntariamente como surgiu.
O perdão não se move, se resolve.
Quase sempre o gesto socialmente pacífico, oferecido ou solicitado, e tido como pacificador, não é perdão: é formalidade.
O pedido real de perdão pode ser belo,
mas é inútil.
Não se pode pedir o que não controlamos,
nem oferecer o que não dominamos.
Para um e para o outro:
perdão se dá a quem não precisa.
Obrigado por comentar. O texto fala do ato de dar, não pedir. Aqui me refiro a perdoar ao outro e a si mesmo, o que sinto que é de fato benéfico.